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6 de agosto de 2015

Ações neste mês de agosto 2015 alertam "PAI NÃO É VISITA!"

Agosto é um mês para dialogar sobre o exercício da paternidade e do cuidado por parte dos homens. Assim, como acontece desde 1997, o Núcleo Feminista de Pesquisas Gema, vinculado ao Departamento de Psicologia da UFPE, e a ONG o Instituto Papai promovem um conjunto de atividades de reflexão, sensibilização e reivindicação em torno dos direitos reprodutivos.


Subvertendo o movimento que tornou o dia dos pais um evento comercial, faremos um conjunto de atividades que visam provocar diferentes meios de comunicação para abordar o tema, de forma crítica, e cobrar das instâncias públicas a garantia de direitos.

Este ano, temos como foco a divulgação da lei do acompanhante que dá direito ao pai, em negociação com a companheira, assistir ao parto e estar presente no pré-parto e pós-parto. Esta lei existe há 10 anos e infelizmente ainda é pouco conhecida e raramente respeitada.


AGENDA

08/08 (Sábado), às 17h
Lançamento oficial de vídeo socioeducativo “Pai não é visita!“
Local: Livraria Cultura
Lançamento oficial do curta-documentário “Pai não é visita! Pelo direito de ser acompanhante” produzido a partir de depoimentos de pais que contam sua experiência de sucesso ou de fracasso na tentativa de acompanhar sua parceira, no trabalho de parto. O vídeo aborda, com sensibilidade, as barreiras culturais, simbólicas e institucionais ao exercício pleno da paternidade.

14 de agosto (sexta-feira), 14h00 às 16h30
Seminário “Psicologia e Políticas Públicas em Direitos Sexuais e Reprodutivos”
Organização: Conselho Regional de Psicologia (Paraíba)
Local: João Pessoa, sede do CRP 13.
* O Papai e o Gema participarão deste evento a partir das palestras de Jorge Lyra e Thiago Rocha
Mais informações: www.facebook.com/CRP13PB

24/08 (segunda), das 8h às 18h
Seminário “Paternidade e Cuidado nos Serviços de Saúde”
Evento voltado especialmente para gestores e profissionais de saúde de Recife, mas aberto ao Público em geral.
Local: UFPE - CFCH - auditório do 3º andar

26 e 27 de agosto
Seminário “Paternidade e primeira Infância”
Organização: GT “Homens e primeira Infância” da Rede Nacional “Primeira Infância”
Local: Rio de Janeiro
* O Papai integra esta rede e estará presente a partir das participações de Mariana Azevedo e Rafael Acioly
Mais informações: www.primeirainfancia.org.br/quem-somos

29/08 (sábado), às 18h
Exibição de vídeo “Pai não é visita!” em praça pública
Local: Praça da Várzea, Recife
Exibição do curta-documentário “Pai não é visita! Pelo direito de ser acompanhante” para residentes do bairro da Várzea, profissionais das unidades de saúde da região e população em geral.


Sobre a lei do Acompanhante
No Brasil, toda mulher tem direito a um acompanhante, de sua livre escolha, durante o pré-parto, parto e pós-parto imediato, seja em maternidade pública ou privada.
Na rede pública, o direito ao acompanhante é garantido desde 2005, quando foi aprovada a Lei 11.108, conhecida como “Lei do Acompanhante”. Na rede privada, este direito para os planos de saúde foi estabelecido pela ANVISA, desde 2008.
O pós-parto imediato pode se estender até 10 dias. Durante todo este período em que a mulher estiver internada, o acompanhante tem direito a uma acomodação adequada e às principais refeições (de acordo com a rotina de cada hospital). A cobrança de qualquer taxa para a entrada e permanência do acompanhante no parto é ilegal.
Segundo Mariana Azevedo (coordenadora geral do Instituto PAPAI), “para o pai, este pode ser um momento especial de exercício de cuidado, favorecendo o fortalecimento de vínculos afetivos com seu filho ou filha e uma re-significação simbólica e prática da paternidade, afinal “Pai não é visita!”,

“Para construirmos uma sociedade mais justa, do ponto de vista de gênero, é preciso romper com esses padrões culturais machistas e preconceituosos que vivenciamos em nosso dia e muitas vezes orienta práticas restritivas nas instituições de saúde”, reforçou Jorge Lyra (integrante da coordenação do Gema/UFPE).


Sobre a campanha

A campanha "Pai não é visita! Pelo direito de ser acompanhante!" vem sendo desenvolvido pelo Instituto PAPAI e pelo Gema/UFPE, desde 2006 e se desenvolve ao longo de todo o ano, porém no mês do dia dos pais tem sua maior visibilidade.

Em linhas gerais, tem por objetivo tornar a lei conhecida pela população em geral e ao mesmo tempo exigir dos Governos Municipal, Estadual e Federal o respeito a este direito das mulheres e ao desejo dos homens de serem acompanhantes.